quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ressequida

As ondas do cabelo dela entre meus dedos.
As lágrimas da bela sereia envolta nos lençóis imaculados de paixão.
Dedos inflamados de tocar a si mesma;
O espelho do mundo passado;
Presente que não traz a efêmera fêmea, untada na sensualidade dos hormônios cheios de desejo.

Morde o beijo
Morde o cheiro
chora o palato que pede carinho da língua do outro;
Da língua

A falta de ar do começo do dia
A tontura do primeiro apoio
e o cheiro do líquido viscoso no travesseiro, do dia posterior a vagabundagem de antes.

Acorda que chegou o tempo
alisa os cabelos
coloca a roupa primeira
e de andar e andar
fumar e beber
dorme de novo e não acorde mais, conceba outro sonho
envolva-me.

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