terça-feira, 10 de maio de 2011

Letárgica Lucidez

Deixei a realidade se tornar sonho, desde que me vi sem o Eu

busco nas pessoas o que eu não tenho, as pessoas buscam em mim o que elas tem.

Cadê meu jeito de viver a vida?

Cadê a vida que vivia em mim?

Vou atrás de uma saída, saída que me permita olhar com meus olhos os olhos teus.

Olhos de quem busca a sua essência,

Olhos de quem precisa de um destino,

Olhos Sapiência,

Olhos de caminho,

Olhos sem mentira,

Olhos realmente meus,

Olhos.

sábado, 7 de maio de 2011

De Tijolos Amarelos

A Rede na Golden Gate esquiva o passo mas não evita a esperança de morrer mais a frente.

Esquiva que saibam que não é evitado,

compassa o descompassado.

Dançando no espaço entre o tudo e o nada a rede na Golden Gate separa o aguçar do realizado.

Hei de viver a Golden Gate em outro espaço.

Desesperado modo de parar o trêm que passa, mas não era trêm era um homem, sua carcaça.

A rede na Golden Gate descarrilha o Sonho-Surto do psicótico.

A rede na Golden Gate é o Pronto-Socorro do remédio para o ócio.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

PRECISODEUMCIGARROPRAPENSAR

É a ânsia da fumaça, do gosto sem gosto, do cheiro que inala, do ar que falta.

Um cigarro, vinho quente, café gelado, livro de auto-ajuda que mente.

Pensar não funciona, enlouquece agente, passar pela vida engana mas não acrescenta. A bagagem que as vezes enforca é a mesma que falta.

Escrever as vezes engana, botar pra fora a merda toda.É essa coisa de egocentrismo,... e onde ficam o resto das coisas, sei la...

Preciso de um cigarro pra pensar.


Baby

Encosto meu rosto no seu e sinto a rosa

não importa a hora

me importa o gosto

me importa que minha mão entorta ao entrelaçar a sua que é menor.

Me explora com a delicadeza de palavras sussurradas e olhar de poesia complicada.

Me indica o caminho com seu cheiro que me traz a liberdade dos que querem conhecer o que não conhecem.

Quero a falta do disco quando estamos juntos.

Quero a música escapando por nossos dispersares.

Nosso único fundamento é o entrelaçamento de nossas almas, parte sua, parte minha, que transam encontrando o rítimo da vida.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

...

...mas minha boca anseia em mim os olhos de outrem.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Heterônimo

‎..Por favor, não seja rude, de uma volta, observe e agradeça.
Estupidez a sua, há mais vida em seus pensamentos do que sonha sua mórbida ignorância física.
Estou aqui, Não há como fugir sou simplesmente você em outro ângulo, não vê!
Andarilha das emoções, você precisa aprender a respeitar seus momentos de intensa fusão.
É você
É você
É você.



(engraçado como ainda leio imaginando vozes)

Metalinguagem

As madrugadas em que não dorme que a farão lembrar de que não há sono respeitoso para cabeça de escritor.

um bilhão de outros

Tem romantismo de mais nisso tudo...
Se a vida fosse só fusão de dois estaria fora dela.
Há mais do que viver pelo outro, há de se viver com o outro. Seja la quantos outros for o mesmo.
Expliquem-se
Digam
Expliquem-se
Discorram
Peçam
Beijem-se
Toquem-se
Transem
Envolvam-se
Separem-se
Constituam
Aleijamento não o tem
Mêdo do outro, medo de mim,do que, de quem...?
Assumam que andam me perseguindo, o que precisam dizer.
Vivam sua trajetória
Pensem e se aglutinem
Aceitem a dependência mas sejam dignas de serem.
Letras.

mulhercomamãonabocapedesilêncio

Ela queria chorar
ouviu o som
Ela queria cantar
escreveu o som
Ela queria saber
ouviu o som
Ela queria continuar
parou o som

"Bobagem"

E a pequena me deu os doces. Era o único jeito de demonstrar que sou bem quista.
Queria olhar para o outro;
Queria sentir reciprocidade em sua generosidade e eu
na "apatia melodiada" só fiz sorrir um sorriso sem riso.
Talvez a pequena entendesse que estivera ali e me dera seus doces para que eu tivesse um suspiro diante de toda essa informação, para que um impulso me pusesse de frente a epifania da criatividade.

Mais?

Pincelada musical

Ao contrário do esperado ela não me envolveu;
Com olhar meio de lado um sorriso ela me deu:

- Quem sabe um dia você me sinta como no passado, sua alma que imergia.
Não quero lhe fazer, de novo, sufocado. Vim apenas lhe fazer uma visita.

Ressequida

As ondas do cabelo dela entre meus dedos.
As lágrimas da bela sereia envolta nos lençóis imaculados de paixão.
Dedos inflamados de tocar a si mesma;
O espelho do mundo passado;
Presente que não traz a efêmera fêmea, untada na sensualidade dos hormônios cheios de desejo.

Morde o beijo
Morde o cheiro
chora o palato que pede carinho da língua do outro;
Da língua

A falta de ar do começo do dia
A tontura do primeiro apoio
e o cheiro do líquido viscoso no travesseiro, do dia posterior a vagabundagem de antes.

Acorda que chegou o tempo
alisa os cabelos
coloca a roupa primeira
e de andar e andar
fumar e beber
dorme de novo e não acorde mais, conceba outro sonho
envolva-me.